Data
Sábado, 1 Abril 2023
Cidade
Esposende
Orientadora
Fernanda Botelho
Nº máximo de participantes
18 pessoas
Públicos
> 5 anos
Local
Forte de S. João Baptista
horário
Caminhada #1 · 10h30 — 13h00
Caminhada #2 · 14h30 — 17h00
VALOR
17€ / pessoa
(gratuito: ≤ 6 anos | 8€: 7 aos 12 anos)
SOBRE A ATIVIDADE
No próximo sábado 1 de Abril faremos dois percursos a pé, um de manhã e outro de tarde, guiados pela herbalista Fernanda Botelho, que permitirão a descoberta e identificação da vegetação espontânea comestível existente na envolvência do Forte de São João Baptista, implantado junto ao estuário do rio Cávado.
Com esta atividade pretende-se ensinar aos participantes formas de reconhecer as plantas da orla costeira e das zonas entre-marés do rio (formadas por sapais, lodaçais e juncais), bem como os seus usos culinários e terapêuticos, as curiosidades botânicas e históricas das mesmas, e a sua importância na manutenção da biodiversidade.
Escolham uma das caminhadas e juntem-se a nós na redescoberta da cidade de Esposende, através da recoleção e da deambulação pela zona da foz do Cávado.
SOBRE O LOCAL
O Forte de São João Baptista, também conhecido por "Castelo de São João Baptista"e "Forte de Esposende", foi edificado entre 1699 e 1704 sob o reinado de Pedro II de Portugal, com o objetivo de defender a foz do rio Cávado. Da planta inicial em formato estrelado irregular, com um bastião (e respetiva guarita) em cada vértice, apenas restam dois bastiões e uma planta que se configura próxima à rectangular, fruto das várias alterações ao longo dos séculos.
Em 1866 inaugurou-se o farol adjacente de 15m de altura, em ferro, pintado de vermelho, com varandim e lanterna ainda em funcionamento, com um alcance de 20 milhas náuticas, ou seja, 37km. Este farol veio ajudar à navegação desta costa agressiva, conhecida por costa dos naufrágios, precisamente pela dificuldade em ultrapassar as barreiras naturais existentes, como o afloramento rochoso ao largo da praia de Ofir conhecido por "cavalos de Fão", os ventos da nortada ou o nevoeiro cerrado. Junto a este farol, um dos raros exemplares com torre metálica da costa portuguesa, existe ainda um edifício encostado ao forte, de cor amarela e com dois pisos, que servia de alojamento aos faroleiros e suas famílias, hoje convertido em espaço museológico.
Ao desaguar junto à cidade de Esposende, o rio Cávado forma um estuário pouco profundo onde as águas doce e salgada coabitam, que ainda alberga um conjunto de habitats naturais de elevada importância ecológica, apesar de estar localizado num meio densamente urbanizado e exposto a diversos fatores de perturbação relacionados com a presença humana. De entre os vários habitats que aqui se desenvolvem destacam-se os sapais, os lodaçais a descoberto na maré baixa e ainda o prado salgado atlântico com o seu extenso juncal. Formados por comunidades vegetais bem adaptadas a um meio adverso, caracterizado pelas constantes submersões e pela alta exposição à salinidade, estes habitats beneficiam das elevadas cargas de nutrientes trazidas pela via fluvial e pela influência das marés (duas vezes ao dia).
A envolvência do Forte condensa uma enorme diversidade de vegetação numa área geográfica diminuta:
— as plantas halófitas das zonas entre-marés do rio, como a gramata-branca (Halimione portulacoides) ou a salicórnia (Salicornia ramosissima), mas também o junco (Juncus acutus e Festuca rubra subsp. littoralis), o resistente recurso silvestre com o qual ainda se tecem à mão as tradicionais cestas e ceiras locais de várias cores e formatos.
—as plantas marítimas que despontam na areia, como a acelga-brava (Beta maritima), o chorão-da-praia (Carpobrotus edulis), a eruca-marítima (Cakile maritima), a erva-caril (Helichrysum italicum), o cardo-da-praia (Eryngium maritimum), a erva-capitão (Hydrocotyle bonariensis), ou nas rochas e pontões edificados como o funcho-marítimo (Crithmum maritimum);
— as plantas ruderais que crescem nas bermas dos caminhos, junto aos passeios, ao farol e às paredes do forte, como a malva (Malva Sylvestris), a agarra-saias (Galium aparine), a urtiga (Urtica spp.) e a serralha (Sonchus oleraceus).
Inscrição e Pagamento:
1. Para realizar a sua inscrição, clique no botão de "INSCRIÇÃO" no início desta página e de seguida preencha o formulário que aparece.
(Caso encontre alguma dificuldade neste processo, pode inscrever-se por email através do info@arecoletora.com, indicando o seu nome completo, idade, telemóvel, comprovativo de pagamento e qual a caminhada na qual pretende participar)
2. As instruções e os dados de pagamento são igualmente disponibilizados no formulário. Pode efetuar o pagamento do valor da inscrição através de uma das seguintes modalidades:
a) Transferência Bancária: para a conta PT50 0035 0787 0069 9487 3007 4 da Caixa Geral de Depósitos, em nome de Maria Ruivo;
b) MB Way: para o telemóvel 926 212 867, de Maria Ruivo.
3. Para finalizar a inscrição na atividade, clique em "SUBMETER". Receberá automaticamente uma cópia das suas respostas para o endereço de email que forneceu.
4. Num prazo de cinco dias após a submissão do formulário, um email de "confirmação de inscrição" é enviado pela equipa d' A Recoletora ao participante, juntamente com algumas informações importantes como o ponto de encontro da atividade.
Política de cancelamento de inscrição:
Caso o participante pretenda cancelar a sua inscrição na atividade, poderá fazê-lo com direito a reembolso completo até 8 dias antes da realização da mesma. A partir dessa altura não nos é possível efectuar qualquer reembolso.
Política de cancelamento da atividade:
Caso a atividade seja cancelada devido a condições meteorológicas pouco favoráveis à sua realização ou por motivos de força maior, a escolha de uma das seguintes opções será proposta ao participante:
a) re-agendamento de uma nova data para a realização da atividade, de acordo com a disponibilidade do grupo.
b) reembolso total do valor pago aquando da inscrição.