WORKSHOP #1 — Caminhar, identificar e recoletar algas comestíveis
24 MAI'25

Nesta aula andante à beira-mar, guiada pela chef de cozinha Elina Stolde, vamos aprender a identificar as algas comestíveis da nossa costa e a praticar uma colheita segura e sustentável.

Enquanto caminhamos pelas rochas da Praia Norte, iremos provar as algas que ficam expostas durante a maré baixa e apreciar os seus sabores e texturas; perder tempo a observar as suas morfologias, cores e características específicas; conhecer os seus nomes populares e científicos; descobrir o seu valor nutricional, como utilizá-las na cozinha, as partes que se usam e dicas para preservá-las; ouvir curiosidades históricas e tradições com elas relacionadas, em Portugal e no mundo. Durante o percurso falaremos ainda sobre marés, outros usos das algas para além do alimentar (agrícola, terapêutico, científico, cosmético), a sua importância ecológica e o papel determinante que podem ter na crise climática que atravessamos.

Juntem-se a nós na redescoberta da flora algal que habita o espaço entremarés!

Convidamos todos os participantes a aparecer uma hora antes do workshop, para a inauguração da Exposição “Sargaço que se come”, que contará com a oferta de petiscos vegetarianos à base de algas.

• A inscrição neste workshop inclui a oferta de:
  • um caderno de notas
  • um pequeno manual sobre o tema
    
    
• Aconselhamos trazer:
  • Calçado impermeável, antiderrapante e com solas duras (Ex: crocs)
  • Garrafa de água
  • Chapéu, se estiver sol
  • Casaco impermeável, se estiver frio, a chuviscar ou vento
  • Caneta
  • Tesoura + vários recipientes pequenos com tampa (frascos ou taparueres), caso pretendam fazer a colheita de algas

* Atividade não coberta por seguro.
** Aos interessados na temática das algas como alimento, aconselhamos a inscrição conjunta nos Workshops Nº 1, Nº 2 e Nº4 para uma aprendizagem sequencial: recoleção — confecção — preservação.

Elina Stolde (Riga, Letónia, 1984; vive em Ermesinde) é chef de cozinha, música e etnomusicóloga. Tem um diploma em Canto de Coro pela Riga Dom Choi School (2005) e em Teoria da Cultura pela Academia de Cultura de Letónia (2006). É licenciada em Etnomusicologia pela Jazeps Vitols Latvian Academy of Music (2011). Entre 2010 e 2011 foi bolseira do programa Erasmus, tendo estudado no Departamento de Comunicação e Arte - Música da Universidade de Aveiro. Começou a estudar música desde muito cedo e aos 9 anos já tocava acordeão. Foi cantora de coro, maestrina e professora de História e Teoria Musical. Fez trabalho de campo e recolha musical na Letónia, Bielorússia e Portugal. Toca adufe e acordeão no grupo de cantares tradicionais Tresmoças e Cantarella.

É chef de cozinha da associação cultural Casa da Horta, onde desenvolve, desde 2011, uma cozinha selvagem, vegan e sem desperdício. Em 2020, fundou em conjunto com a chef Aija Repsa, a Gata da Mata — um laboratório de experimentação colaborativo que promove o uso culinário das plantas espontâneas, através de oficinas de apanha de algas e cogumelos, pão de massa-mãe e fermentação de legumes. Colabora com vários projetos ligados à arte, à ecologia, à cozinha silvestre e à etnobotânica, tais como A Recoletora, Trigo-do-Umbigo, coletivo Urtigas 70, Cartas Solidárias ou Campus Paulo Cunha.